quarta-feira, 30 de outubro de 2013

REALISMO FANTÁSTICO

Uma viagem por seis ideias malucas que pareciam mais ficção do que ciência e que acabaram transformando o conhecimento humano e a realidade que vivemos.

Para entender a aventura da ciência moderna e suas estranhas teorias que desafiam o senso comum, melhor relembrarem dois ícones do conhecimento no século XX:

O dinamarquês Niels Bohr e o austríaco Karl Popper. Confrontado, certa vez, com uma hipótese nada ortodoxa, Bohr, um físico do porte de Albert Einstein, disse que a questão não era saber se a ideia era maluca, mas se era suficientemente maluca para ser verdade. Popper, considerado um dos maiores filósofos da ciência, certamente concordaria com Bohr, mas até certo ponto.

Ele achava que a verdade é simplesmente inatingível e, por isso, propôs a divisão da realidade em três partes: o real, sobre o qual jamais teremos o completo conhecimento, a realidade dos sentidos e a realidade das ideias. As duas últimas, segundo o filósofo, ajudam-nos a chegar mais perto da primeira.

É possível entender Bohr e Popper quando se lança um olhar sobre a trajetória da ciência nos últimos 100 anos. Os sentidos e as ideias levaram os cientistas a descortinar aspectos inimagináveis daquilo que é (ou parece ser) real, traduzidos em um conjunto de teorias que, não raro, arranham ou põem ao chão concepções antes sólidas e inabaláveis. Ideias incríveis, especialmente no campo da física, redesenharam em nossas mentes o universo, o planeta, o homem e o próprio sentido da vida e do conhecimento.

“O século XX foi profetizado pelo filósofo grego Heráclito, segundo o qual ninguém consegue mergulhar a mão duas vezes no mesmo rio”, diz o divulgador científico Charles Flowers, autor de 58 livros, entre eles o recente Instability Rules (algo como “Quem manda é a instabilidade”, ainda inédito no Brasil), que registra algumas das ideias mais fascinantes da ciência.

Como a água do rio que flui incessantemente, tudo se move. “A ciência busca padrões”, dizia Popper. Na prática, essa é uma meta alcançada por meio das teorias, modelos que descrevem e codificam as observações dos cientistas. Mas o que é a boa teoria, a boa ciência?

“A boa teoria é aquela que descreve uma série de fenômenos com base em postulados simples e faz previsões que podem ser testadas”, afirma o físico americano Stephen Hawking, autor do best-seller O Universo Numa Casca de Noz. “Se as observações concordam com as previsões, a teoria sobrevive àquele teste, embora nunca se possa provar efetivamente que esteja correta.

Por outro lado, se as observações discordam das previsões, é preciso descartar ou modificar a teoria.

Até quando as teorias revolucionárias da atualidade continuarão concordando com as observações dos cientistas?

Impossível prever, mas, a julgar pela produção frenética dos pesquisadores, certamente elas serão aperfeiçoadas ou substituídas com muito mais brevidade que suas antecessoras. E, a cada geração, o incrível torna-se mais real.

Antes que a próxima mudança aconteça, no entanto, vale à pena conhecer um pouco de algumas dessas ideias incríveis da saga recente do conhecimento.

A caixa-preta dos genes
A corrida do universo 
A incerteza do mundo quântico 
Mamãe África 
A dança dos continentes 
Máquinas pensantes

Explicações referentes a cada um desses itens citados no anexo abaixo.

Cf. Jomar Morais

Anexos

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