quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Nutrição - melhor idade (+60)


A qualidade de vida dos idosos está relacionada à possibilidade de se cumprir funções diárias básicas adequadamente, se sentir bem e viver de forma independente.

O envelhecimento é caracterizado por uma série de modificações fisiológicas e psicológicas que estão relacionadas, por sua vez, com alterações no estado nutricional. 

A boa alimentação é uma preocupação constante também para a terceira idade, pois uma série de fatores, que se enumeram abaixo, podem causar deficiências importantes para o organismo: 

•  Problemas odontológicos:

a)   falta dos dentes,
b)   próteses antigas e mal ajustadas e,
c)   doenças da cavidade oral e das gengivas.

•  Problemas de deglutição:

a)    dificuldade para engolir alimentos mais sólidos, devido a patologias da garganta e do esôfago.


•  Perda ou diminuição do paladar e do olfato.





•  Principais problemas psico-geriátricos:


a)   depressão,
b)   tristeza,
c)   desânimo,
d)   apatia e,
e)   solidão.



•  Uso de muitas medicações:

a)  podem trazer muitos efeitos colaterais e perda de apetite,
b)  problemas gástricos, como azia e a gastrite.


•  Não ter quem prepare as refeições:

a)    leva o idoso a preferir alimentos de mais fácil preparo e consumo, na maioria ricos em calorias e açúcar, pobres em vitaminas e proteínas.



No idoso com demência, o ato de alimentar-se pode ser ainda mais complicado, pois pela confusão mental e pela dificuldade de realizar até as mais simples tarefas, como ‘fazer seu próprio prato’ e levar o garfo à boca, pode gerar estresse, cansaço para ele e para seus cuidadores.

Acrescenta-se o fato de que, com o avanço da doença, o idoso tem cada vez mais dificuldade de mastigação e de deglutição de alimentos sólidos, o que pode provocar engasgos e tosse.

Desta forma é importante o cuidador observar quando o idoso engasga ou tosse ao comer, pois poderá estar iniciando um quadro de disfagia (dificuldade de engolir), mais comum em fases mais tardias da doença de Alzheimer.

O controle do peso do idoso é fundamental e deve ser feito mensalmente.



Na doença de Alzheimer e nas outras patologias que cursam com demência, em fases mais avançadas, os idosos podem apresentar perda de peso, lenta e gradual, mesmo com a dieta correta e adequada.

Imagine com uma dieta errada e inadequada?

Portanto, todo o processo do ato da alimentação tem que ser bem planejado.

A seguir algumas dicas importantes e fáceis de aprender e aplicar, para facilitar a boa interação com o idoso.


DICAS e RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS:
                          
•  A alimentação deve ser adequada e completa para atender às necessidades nutricionais;

•  Fazer de 5-6 refeições/dia de pequenos volumes, mais concentrada em calorias e nutrientes e bem diversificadas, para assegurar todo o aporte de vitaminas e sais minerais;

•  Cuidar da apresentação dos pratos e estimular a experimentação de novos sabores e sensações;

•  É primordial manter uma boa higiene bucal, cuidar da hidratação e da umidade da mucosa bucal e da língua;



•  Manter uma rotina e uma regularidade nos horários das refeições para minimizar as possíveis distrações (não ligar a televisão durante as refeições);



•  Utilizar utensílios adequados, como pratos que se fixem na mesa (com ventosas) e talheres de plásticos para evitar a autolesão;

•  Durante as refeições, o paciente deverá estar sentado com a inclinação correta da cabeça para favorecer a deglutição;

•  Adaptar a consistência para melhor mastigação e deglutição e evitar grumos, espinhas e cascas duras para o paciente não engasgar;

•  Beber água suficiente, principalmente para evitar os engasgos.

    Evitar administrá-la no período da noite e, em caso de disfagia a líquidos, usar espessantes;

•  Se houver alterações na deglutição deve-se modificar a consistência dos alimentos sólidos e líquidos, utilizando alimentos com textura modificada e/ou espessantes (não mesclar texturas diferentes);

•  Usar temperos naturais como alho, cebola, cebolinha, cheiro verde, salsa, orégano e outros.





Deve-se evitar o sal.

•  Como medida de prevenção da constipação, assegurar quantidade suficiente de água, exercícios físicos regulares e alimentos ricos em fibras ou suplementos;




•  Diante de uma perda de peso, utilizar suplementos nutricionais orais.



Se o aporte de nutrientes for insuficiente, será necessário utilizar purê enriquecidos;

•  Os alimentos devem estar sempre em temperatura adequada.

    Em fases mais avançadas, o paciente não consegue distinguir o quente do frio, estando por isso mais exposto a lesões.

  
Referências: Nestlé Nutrition; http://www.vitaesaude.com.br;    
                   http://stanleykeynes.blogspot.com.br

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