quinta-feira, 21 de novembro de 2013

AMOR DE PLENITUDE


O amor possui um admirável condão que pro­porciona felicidade, porque estimula os demais sen­timentos para a conquista do Self, fazendo desabro­char os tesouros da saúde e da alegria de viver, conduzindo aos páramos da plenitude.
 
Ao estímulo do pensamento e conduzido pelo sentimento que se engrandece, o amor desencadeia reações físicas, descargas de adrenalina, que propor­cionam o bem-estar e o desejo de viver na sua esfera de ação.
Inato no ser humano, porque procedente do Ex­celso Amor, pode ser considerado como razão da vida, na qual se desenvolvem as aptidões elevadas do Espírito, assinalado para a vitória sobre as pai­xões.


Mesmo quando irrompe asselvajado, como im­pulso na busca do prazer, expressa-se como forma de ascensão, mediante a qual abandona as baixadas do bruto, que nele jaz para fazer desabrochar o anjo para cuja conquista marcha.
A sua essência sutil comanda o pensamento dos heróis, a conduta dos santos, a beleza dos artistas, a inspiração dos gênios e dos sábios, a dedicação dos mártires, colocando beleza e cor nas paisagens mais ermas e sombrias que, por acaso, existam.


Pode ver um poema de esperança onde jaz a morte e a decomposição, já que ensina a lei das trans­formações de todas as coisas e ocorrências, abrindo espaço para que seja alcançada a meta estatuída nas Leis da Criação, que é a harmonia.
Mesmo no aparente caos, que a capacidade hu­mana não consegue entender, encontra-se o Amor trabalhando as substâncias que o constituem, direci­onando o labor no rumo da perfeição.


O homem sofre e se permite transtornos psicológi­cos porque ainda não se resolveu, realmente, pelo amor, que dá, que sorri de felicidade quando o ser amado é feliz, liberando-se do ego a pouco e pouco, enquanto desenvolve o sentido de solidariedade que deve viver em tudo e em todos, contribuindo com a sua quota de esforço para a conquista da sua realidade.


Liberando-se dos instintos básicos, ainda em predomínio, o ser avança, degrau a degrau, na esca­da do progresso e enriquece-se de estímulos que o levam a amar sem cessar, porquanto todas as aspira­ções se resumem no ato de ser quem ama.
A síntese proposta por Jesus em torno do amor, é das mais belas psicoterapias que se conhece: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, em uma trilogia harmônica.


Ante a impossibilidade de o homem amar a Deus em plenitude, já que tem dificuldade em conceber o Absoluto, realiza o mister, invertendo a ordem do ensinamento, amando-se de início, a fim de desen­volver as aptidões que lhe dormem em latência, esforçando-se por adquirir valores iluminativos a cada momento, crescendo na direção do amor ao próximo, decorrência natural do auto-amor, já que o outro é extensão dele mesmo, para, finalmente amar a Deus, em uma transcendência incomparável, na qual o amor predomina em todas as emoções e é o responsável por todos os atos.



Diante, portanto, de qualquer situação, é neces­sário amar. Desamado, se deve amar.
Perseguido, é preciso amar.
Odiado, torna-se indispensável amar.
Algemado a qualquer paixão dissolvente, a li­bertação vem através do amor.
Quando se ama, se é livre.
Quando se ama, se é saudável.
Quando se ama, se desperta para a plenitude.
Quando se ama, se rompem as couraças e os anéis que envolvem o corpo, e o Espírito se movi­menta produzindo vida e renovação interior.
O amor é luz na escuridão dos sentimentos tu­multuados, apontando o rumo.
O amor é bênção que luariza as dores morais.
O amor proporciona paz.
O amor é estímulo permanente.


Somente, portanto, através do amor, é que o ser humano alcança as cumeadas da evolução, transfor­mando as aspirações em realidades que movimenta na direção do bem geral.
O amor de plenitude é, portanto. o momento culminante do ato de amar.
Desse modo, através do amor, imbatível amor, o ser se espiritualiza e avança na direção do infinito, plenamente realizado, totalmente saudável, portan­to, feliz.


Joana de Ângelis - Psicografado por Divaldo franco

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